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segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Homens, Mulheres e as Violências



A violência física, moral, psíquica, patrimonial, sexual,...privada ou pública, que as mulheres sofrem precisa ser prevenida, punida e erradicada!

Mas a ênfase que alguns grupos colocam no patriarcado e no machismo pode deixar invisibilizados e excluídos os problemas relativos ao masculino, como se eles não existissem.

Contudo não haverá feminino saudável e feliz sem masculino saudável e feliz. Mulheres feridas ferem! Homens feridos ferem!

Há uma construção cultural de masculinidade prejudicial não só para as mulheres, mas também para os homens e por conseguinte para toda sociedade.

São modos de ser, normas sociais, construídas historicamente e tem efeitos deletérios e diretos sobre a saúde mental e física dos homens. Fazem parte deste códigos: a necessidade do controle emocional, o estímulo a comportamentos de risco, a violência, a dominância, a promiscuidade sexual, a auto-suficiência...

Há também, por vezes, padrões duplos ao julgar a violência de gênero. Meninos tendem a receber formas mais graves de punição em comparação às meninas que cometeram as mesmas falhas.

Na vida adulta, os homens muitas vezes são destinados a trabalhar nas tarefas mais fisicamente exigentes, de mais desconforto e perigo. Eles são maioria nos empregos de lixeiro, de pedreiro, de trabalhadores do campo.

Os homens são maioria nas estatísticas das mortes violentas, dos acidentados, das pessoas em situação de rua, dos encarcerados e dos suicidas...As mulheres são maiorias nas graduações das Universidades e no ganho das disputas judiciais por guarda ou pensão dos filhos.

Os homens em geral vivem menos do que as mulheres, as mulheres, em geral, aposentam mais jovens que os homens.

Nosso país é extremamente violento e atinge homens e mulheres. Mas, mais uns que outros. Dados do Atlas da violência 2016, referentes as mortes de 2014 afirma que no Brasil, naquele ano, 59.627 pessoas foram assassinadas, sendo 54.870 homens e 4.757 mulheres. No Brasil se mata 11,5 vezes mais homem que mulheres.

As mulheres são oprimidas pelos homens e isto é lastimável e deve ser eliminado, mas em muitas ocasiões elas também tem sua parte de responsabilidade nos males do mundo.

Nem toda defesa dos homens é machismo. Temos que cuidar das mulheres, mas temos que levar em consideração todos os lados da questão. Mulheres e homens estão morrendo e sofrendo, e onde houver sofrimento deve haver cuidado e cura.

Referência:
CERQUEIRA, D.R.C. et al.  Nota Técnica. Atlas da Violência 2016. Ipea e FBSP (Fórum Brasileira de Segurança Pública). Nº 17. Brasília, março de 2016.

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Tenho visto que a mudança de comportamentos nos adultos não é impossível mas o tempo arraiga os hábitos e aparece inegavelmente como um fator de resistência.

Não podemos desistir dos adultos, mas para além do agora, que é de extrema importância, é fundamental que os pais criem seus filhos e filhas para serem no futuro melhores pais e maridos, mães e esposas, que seus próprios pais e maridos, mães e esposas foram. Para que sejam melhores pais e maridos, mães e esposas que eles mesmos são.

Filhos que sofreram abusos psicológicos e agressões na fala tendem a reproduzir tais comportamentos na vida adulta.

Filhos que não são incluídos nas tarefas do lar quando crescem procuram “mães” para casarem e não mulheres. Por trás da maioria dos homens que não querem assumir a parte que lhes cabe no custo e esforço coletivo do conviver tem quase sempre pais coniventes, permissivos e subservientes à preguiça dos seus filhos.

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