A religião é um objeto de estudo da filosofia. Ao estudarmos ética, lógica, metafísica e epistemologia estamos estudando componentes de qualquer visão de mundo, portanto das visões religiosas de mundo também.
Religião se discute, futebol se
discute, política se discute, se discute a discussão, se discute os que não
querem que exista o discutir, se discute tudo na Filosofia. Inclusive a própria necessidade da filosofia. Temos que falar das
religiões também porque na medida que geram comportamentos, escolhas,
políticas...interferem na vida coletiva. Por isto a necessidade de pautar toda a
cultura e mostrar onde há injustiças, inverdades, ilusões,...Fazer a crítica
pode ser doloroso e desgastante mas é importante para o avanço do coletivo em
todos os níveis, seja no de buscar a verdade seja no de buscar a vida boa para
todas e todos.
Em geral, cada um quer falar da
sua crença, mas não quer ouvir o outro. O caminho é não impedir ninguém de
falar, o caminho é ser paciente para ouvir à todos. Se a palavra discussão é
tomada como briga, atrito, desrespeito...temos que evitar discutir mas devemos
tomar essa palavra como sinônimo de diálogo, bate-papo, troca de ideias, de
espaço para dúvidas e perguntas. Todo questionamento é proporcional ao nosso
estágio intelectual e moral, por isto nenhum questionamento é idiota. Questionem
sempre que preciso e tiverem vontade!!. O caminho é construir uma fala e uma
interação respeitosa, tolerante à diversidade. O ódio, seja ele religioso ou
laico, não é o caminho, nem o ódio de “deus”, nem das pessoas, nem dos ateus,
nem dos negros, nem dos gays...
Mesmo que seja um tema
“complicado” é de extrema importância não reprimirmos nosso diálogo sobre este
e nenhum outro assunto. E a repressão é tamanha que ainda não sabemos nem mesmo
pautar a questão sem nos inflamar, sem ficarmos apaixonados, emocionados,
exaltados..apelar, xingar, sair dos grupos em que se dialoga....
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